domingo, 10 de julho de 2011

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença infecto-contagiosa grave transmitida por insectos semelhantes a mosquitos (flebótomos).

O parasita microscópico (Leishmania), presente na saliva do mosquito infectado é transmitido ao cão através da picada na pele e depois por via sanguínea multiplica-se na medula óssea, no baço e gânglios provocando manifestações cutâneas e viscerais.

Os sintomas mais frequentes são: febre, perda de peso, anorexia, apatia, debilidade, feridas na pele que não cicatrizam, seborreia e alopécia (perda de pêlo), conjuntivites e lesões de córnea, alteração da conformação das unhas, anemia, artrite, hemorragias nasais, aumento de alguns orgãos, (fígado, baço e gânglios linfáticos), atrofia muscular e alterações renais graves.

O diagnóstico é feito através de uma análise de sangue onde se detectam anticorpos anti-Leishmania.

A infecção no cão poderá manter-se indetectável e assintomática durante longos períodos de tempo, podendo ir de meses a anos, logo recomenda-se efectuar o teste antes da aplicação da vacina.

Lembre-se que se trata de uma doença crónica e sem cura, ou seja, uma vez infectado, o animal é portador da doença para sempre, e que esta poderá ser transmitida ao Homem.

O animal com Leishmaniose pode manter a qualidade de vida durante algum tempo desde que siga o protocolo de tratamento adequado e efectue controlos sanguíneos.

É mais frequente aparecer em animais de pêlo curto e com habitat no exterior.

Mesmo sendo considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das maiores epidemias de origem parasitária do mundo, a doença continuou a expandir-se rapidamente. Esperamos que a recente descoberta da vacina venha controlar e erradicar a doença.

Dada a gravidade da doença e a dificuldade de tratamento eficiente dos animais infectados recomendámos a todos a vacinação.

Helena Rios